Microinfusão de Medicamentos Percutânea (MMP) é um procedimento que visa a aplicação de princípios ativos diretamente no tecido que se deseja tratar. O método vem sendo cada vez mais usado na Dermatologia, principalmente para o tratamento disfunções no couro cabeludo, como a queda de cabelo.

O MMP capilar pode ser usado em casos de calvície feminina ou masculina, assim como para pacientes em preparo ou recuperação de transplante capilar.

Neste post, vamos explicar como age e é feito o MMP para calvície, assim como sua indicação e possíveis riscos. Confira:

Como funciona o MMP capilar?

MMP capilar é um tipo de microagulhamento que usa um aparelho alemão, chamado Cheuenne, com uma ponteira com aproximadamente 25 agulhas finas que penetram a pele de maneira superficial ao mesmo tempo que injetam substâncias que estimulam o crescimento capilar, como minoxidil, finasterida, vitaminas e anti-inflamatórios.

As perfurações ocorrem em movimentos de vai e vem e têm profundidade e velocidade controladas pelo profissional que realiza o procedimento. Já a aplicação dos ativos que estimulam o crescimento dos folículos pilosos ocorre pela imersão dos produtos através das agulhas.

Além disso, o trauma causado pelas injeções faz com que o corpo envie mais nutrientes, plaquetas e proteínas para o local, como uma tentativa de auxiliar o processo de cicatrização, o que também auxilia na recuperação de novos fios de cabelos.

É melhor que medicamentos tópicos?

Na Medicina, tudo que é injetável tem resultado melhor do que por via oral, visto que não há perda do substrato pelo processo de metabolização.

Indicação

As principais indicações do MMP capilar são as quedas de cabelo, denominadas alopecias, que podem ser decorrente de fatores genéticos (como no caso da calvície), assim como eflúvio telógeno (que é causado por estresse intenso), pós-cirurgia grande (como bariátrica), após amamentação e após quimioterapia.

É papel do médico dermatologista escolher os medicamentos mais indicados para as infiltrações de acordo com o quadro clínico de cada paciente, por isso o diagnóstico correto é essencial para o sucesso do MMP capilar.

Dói? Quantas sessões são necessárias?

O procedimento pode ser feito com ou sem anestesia local e é pouco dolorido, já que a agulha penetra o couro cabeludo apenas superficialmente. Pode haver leve sangramento e vermelhidão.

Por ser simples, o MMP capilar pode ser feito em consultório dermatológico em sessões com intervalo mínimo de um mês.

O número de sessões dependerá do grau de calvície de cada pessoa, mas costuma ser três sessões com intervalo de 30 dias.

Efeitos colaterais e contraindicações

Não há efeitos sistêmicos, visto que a medicação fica somente na região em que foi aplicada. Todavia, há exceções nas quais as reações adversas são as mesmas do uso do minoxidil tópico, como dermatite de contato.

Devido às microlesões causadas pelas injeções, pode haver inchaço e criação de “casquinhas” no local, as quais somem em poucos dias.

Qualquer pessoa, independente da idade, pode fazer MMP capilar, desde que não apresente distúrbios de coagulação, esteja grávida ou amamentando.

Antes e depois do MMP capilar

Em geral, nota-se melhora após primeira sessão, a qual se torna mais evidente conforme o crescimento dos fios avança e prossegue para as próxima aplicações.

Cuidados, como não lavar os cabelos por 24 horas e não se expor ao sol, devem ser seguidos.

Embora seja uma tendência revolucionária e apoiada por estudos científicos, o MMP capilar tem melhores resultados quando realizado nas fases iniciais da alopecia, por isso é recomendado buscar um dermatologista o quanto antes ao notar queda de cabelo acentuada.